Essa tal de escápula

Sim. A "tal das escápulas" ou as famosas "asinhas" estão presente em toda aula de Pilates e também no seu dia a dia, Mas, afinal, para que elas servem? Por que devo saber aonde elas estão no meu corpo e entender como elas se movimentam? Vou contar um pouco sobre elas aqui no post. Vamos lá!

Na aula de Pilates a estabilização das escápulas na caixa torácica é tão importante quanto a contração dos abdominais no início de cada exercício. Quando não estabilizamos ou organizamos as escápulas, existe uma tendência a tensionar ou sobrecarregar os músculos em torno do pescoço ou acima dos ombros, mais tecnicamente falando o músculo trapézio superior. 

Ao movimentar a coluna, seja dobrando ou estendendo, ao estar parado na posição neutra com os braços relaxados ou ao movimentar os braços em qualquer direção, devemos estar atentos a "tal das escápulas". A mecânica das escápulas é de grande mobilidade. Movimentam-se bastante, pois não possuem inserções ósseas diretas na caixa torácica e na coluna. Quer dizer que elas deslizam sobre a caixa torácica em diferentes planos de movimento.

Pilateiros e pilateiras de plantão, vamos juntos relembrar quais são os movimentos que as escápulas fazem?

Elas deslizam para CIMA (elevação) e para BAIXO (depressão). Para DENTRO, em direção a coluna (retração), e para FORA afastando da coluna (protração). Também rodam para cima e para baixo, quando fazemos círculos com os braços, por exemplo. 

Elas se mexem bastante, né? Por isso, é importante que a estabilização escapular esteja presente antes que o movimento do exercício de Pilates comece. Lembre-se que estabilidade é diferente de rigidez. Então, durante os exercícios, busque a estabilidade e a organização das suas escápulas. Evite tensões e deixe o movimento fluir. 

E, se você não sentir suas escápulas se mexendo? Calma. Isso é normal no início das atividades físicas. Sua consciência corporal irá melhorar com a prática. Procure não forçar ou exagerar no movimento das escápulas. Algumas vezes queremos tanto sentir elas mexendo que exageramos no tamanho do movimento. E isso pode gerar tensão. Seu instrutor estará de olho em você e irá te orientar a se movimentar de maneira correta. Mesmo que a mobilidade das escápulas seja mais sutil e limitada.

A repetição leva ao aprendizado, a prática à perfeição. E, assim, depois da sua aula de Pilates, você vai se pegar pensando na “tal das escápulas” durante o dia a dia. Na frente do computador, sentado lendo um livro ou assistindo à TV, andando pelas ruas ou na correria do dia. "Opa! Como e onde estão as minhas escápulas?". "Meus ombros estão lá na orelha ou não?".

Respire fundo e se organize! E quer saber mais sobre elas? Pergunte ao seu instrutor. Não faça o movimento somente por fazer e entenda o porquê da importância dele na sua aula. E quer ver o seu instrutor feliz? Comece a aplicar os princípios do Pilates não só nas aulas, mas na sua rotina diária. Seu corpo agradece! Como resultado você se sentirá mais leve, com menos dor e mais disposição.

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