Leve como a vida deve ser

"Leve na lembrança a singela melodia que eu fiz pra ti, oh bem amada Princesa, olhos d'água, menina da Lua" (Menina da Lua, de Renato Motta)

Em uma das apresentações do seu álbum de estréia, Maria Rita, antes de cantar “Menina da Lua”, comentou uma entrevista de sua mãe, Elis Regina. Elis foi perguntada sobre o que desejava a sua filha recém nascida. E ela disparou: “que ela seja leve”. 

Leveza é mais do que um status. É uma busca, um exercício, uma condição do viver. Joseph Pilates mencionou em seu livro Return to Life a importância de termos uma graciosidade natural nos movimentos e em tudo que fazemos no dia dia. Caminhar, levantar, sentar, correr, realizar tarefas simples com fluidez exige um corpo sintonizado e, segundo Joseph, a prática do Pilates fortalece o corpo e lhe confere a resistência necessária.  

A liberdade de se mover, expressar-se, conduzir novas descobertas, errar, acertar pode cultivar a leveza interior. Viver a leveza é uma delícia. Leveza nada tem a ver com o quanto se acerta ou erra. Afinal, “…se não se pode errar, também não se pode saber se se está certo”, diz Bauman, na sua brilhante e sensível publicação Modernidade Líquida

A suavidade conferida pela organização e controle a favor da sintonia entre corpo, mente e espírito. A liberdade de se aventurar por aprendizados e aventuras está para todos. Pois na certeza de que “nesse mundo, poucas coisas são pré-determinadas, e menos ainda irrevogáveis. Poucas derrotas são definitivas, pouquíssimos contra-tempos, irreversíveis; mas nenhuma vitória é tampouco final” (Bauman) resta a feliz oportunidade de experimentar e fluir. 

E leve-se!

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